Indenização de Seguro de Vida faz parte do inventário?

A resposta é: Não. A indenização do Seguro de Vida não constará no inventário, pois não faz parte do patrimônio do segurado. E, justamente por isso, acaba agilizando o inventário.

Muitas vezes, uma família têm tem um patrimônio considerável e, ainda assim, pode se ver em alguma situação de aperto financeiro. Isso pode acontecer porque boa parte do patrimônio pode estar imobilizado e em nome de alguém que veio a faltar. E os demais membros da família, por não terem uma reserva financeira com liquidez para arcar com os custos do inventário, acabam tendo que lidar não só com a perda emocional, mas também com as complicações financeiras.

Veja um exemplo de cálculo de custos de um inventário

Simulação aproximada (pode variar) feita por Fábio Kurtz, do escritório Siqueira Castro Advogados:

Um falecido deixa como patrimônio um imóvel residencial no valor de R$ 500.000,00:

Judicial (caso não haja consenso entre herdeiros)

Custos:

• Certidões Negativas: R$ 600,00
• ITCMD (Em SP, 4% do valor da herança): R$ 20.000,00
• Registro no RGI: R$ 1.500,00
• Honorários de Advogado: R$ 25.000,00

Total: R$ R$ 47.000,00

Extrajudicial (caso os herdeiros sejam maiores e capazes, havendo acordo e não existindo testamento)

Custos:

• Certidões Negativas: R$ 600,00
• ITCMD (Em SP, 4% do valor da herança): R$ 20.000,00
• Lavratura da escritura de Inventário e registro no RGI: R$ 1.500,00
• Honorários de Advogado: R$ 5.000,00

Total: R$ R$ 27.100,00

Ou seja, mesmo numa situação que envolva menores custos, não deixa de ser um valor significativo que poderia ser quitado com uma indenização de uma apólice super acessível.

E, além de tudo isso, como já dito por aqui, o Seguro de Vida serve para muito mais que a cobertura de morte, pois também pode e deve ter coberturas para garantir sua própria renda no caso de afastamento do trabalho, seja numa invalidez permanente ou mesmo numa situação temporária. As situações temporárias são, aliás, as que mais levam ao acionamento dos Seguros de Vida. Ex.: quando sofremos um acidente e ficamos engessados por algumas semanas ou meses, ou mesmo em casos de doenças que também nos impeçam de trabalhar. Nestes casos, recebemos os valores contratados podendo arcar com nossas despesas normalmente, livres de dívidas ou evitando que reservas financeiras e investimentos venham a ser gastos sem necessidade.

Desta forma, o Seguro de Vida é importante mesmo para alguém solteiro e sem dependentes financeiros.

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